As sessões realizadas nos dias 23 e 24 de Outubro foram marcadas pela audição de Andrew Pearse, como testemunha contra Jean Boustani.
ENVOLVIMENTO DA KROLL!
No seu depoimento na quarta-feira, Pearse revelou que se encontrou com Kroll, a mesma empresa que realizou a auditoria em nome da Procuradoria Geral da República para investigar os contornos da dívida oculta e aferir os níveis de envolvimento e responsabilidade de servidores públicos.
A reunião teve como propósito discutir o estabelecimento de um negócio de investimentos em Liechtenstein. De seguida, Pearse encontrou-se com Iskandar Safa no sul de França para discutir assuntos relacionados com a Palomar, nomeadamente como Palomar poderia servir os interesses da Privinvest e aconselhar Safa nos seus negócios em África.
Segundo Pearse, a Kroll é titular inicial da Palomar, antes de ter sido adquirido por Pearse e a Privinvest, bem como por Iskandar Safa, em Zurich. Safa era o chefe da Privinvest e de Jean Boustani. Ninguém fazia pagamentos sem a sua autorização.
PEARSE SABIA DA FRAUDE CONTRA INVESTIDORES AMERICANOS
Andrew Pearse confirmou que sabia da pretenção de envolver investidores estrangeiros, nomeadamente dos EUA, em relação ao acordo da EMATUM e revelou que, inclusive tinha conhecimento da exposição do projecto para investidores, em Nove Iorque, em 2016.
Segundo ele, a Palomar recebeu 3.25 milhões USD pelo seu papel no acordo da EMATUM. A Palomar aparece em nome de Akram Safa nos documentos de titularidade, mas, na realidade, a mesma é detida por Iskandar Safa, Pearse e Boustani.
A Defesa argumentou que JB nunca foi titular/proprietário da Palomar nem da Palomar Natural Resources. Os documentos de titularidade com o registo de Zurique e da Polónia, e as apresentações circuladas com o CS e o VTB demonstram que AP era titular de 33.3% de ambas, e que Iskandar Safa e Akram Safa detinham os restantes 66.6%.
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