FMO PARTICIPA NA ASSEMBLEIA GERAL DO CREDIT SUISSE E EXIGE QUE O BANCO “CANCELE A DÍVIDA FRAUDULENTA”

O FMO participou, a 26 de Abril em Zurique, na Assembleia Geral da Credit Suisse e exigiu a este banco o cancelamento da dívida e de todas as obrigações pendentes por parte de Moçambique, uma vez que as várias investigações e acusações criminais, administrativos e judiciais fornecem provas claras da existência de falhas do sistema interno do Banco.

Intervindo, em nome do FMO, Denise Namburete disse: “Senhor Presidente do Credit Suisse, comparecemos a esta AGM em nome de milhões de pessoas moçambicanas, as verdadeiras vítimas do escândalo multibilionário da dívida ilegal que envolveu o Credit Suisse. Nós, o Fórum de Monitorização do Orçamento (FMO), uma coligação composta por 21 organizações da Sociedade Civil que trabalham na transparência, integridade e prestação de contas das finanças públicas e com uma constituência de mais de 4 milhões de pessoas em Moçambique, estamos cientes de que a crise da dívida moçambicana é um resultado directo de conluio fraudulento e ilegal entre o Credit Suisse, seus colaboradores e alguns funcionários do governo moçambicano, que consciente e intencionalmente agiram para causar danos a uma sociedade e economia moçambicanas já debilitadas, desencadeando uma crise macroeconómica e social no país”.

O FMO exigiu ainda ao Credit Suisse o seguinte: i) que coopere com as autoridades reguladoras para garantir que todas as partes envolvidas sejam responsabilizadas pelo seu papel no escândalo da dívida ilegal de cerca de US $ 2,4 bilhões; ii) que retorne, com efeitos imediatos, todas  as comissões resultantes do processo do endividamento ilegal. No mínimo, o dinheiro seria útil para salvar milhares de vidas à medida que a comunidade internacional mobiliza esforços de ajuda após os desastres climáticos que ocorreram em Moçambique. iii) que trabalhe com as autoridades Moçambicanas e de outras jurisdições relevantes para garantir que  o povo de Moçambique não seja mais sobrecarregado com o pagamento de uma dívida que não o beneficiou. 

Este esforço é complementar ao que vem sendo levado a cabo pelo FMO em Moçambique, com vista a responsabilização e declaração das dívidas ilegais, tendo entre outros, submetido duas petições ao Conselho Constitucional, ainda não respondidas até ao momento. Clique aqui para ler a versão em Inglês

Confira o vídeo de intervenção FMO e as respostas do Credit Suisse em FMO_AGM_CS_2019

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