Presidente Nyusi recebeu 1 milhão em Subornos da Privinvest no âmbito das Dívidas Ilegais

Desvelada a grande corrupção em Moçambique

CONFIRMADO O ENVOLVIMENTO DE ALTAS FIGURAS NO ESCÂNDALO DAS DÍVIDAS OCULTAS

Esta semana iniciou a tão espera audição de Jean Boustani que está a ser julgado pelo tribunal Federal de Brooklyn em Nova York. Na sua primeira audição, ele falou do seu percurso profissional até chegar à Privinvest e chegou a admitir ser o cérebro dos projectos que resultaram na criação das empresas MAM, Proindicus e EMATUM. Mas pelos depoimentos recolhidos até ao momento, estas empresas não passavam de pretexto para enriquecimento ilícito dos indivíduos envolvidos e dos bancos. Quando tudo correu mal, Boustani decidiu restruturar a dívida e emitir Eurobonds.

No segundo dia, ele revelou o envolvimento do antigo estadista moçambicano Armando Emílio Guebuza que criou todas as condições para conseguir financiamentos para os projectos da MAM, Proindicus e EMATUM, para além de ter pedido apoios pessoais e para o partido Frelimo, do qual era Presidente na altura.

No seu depoimento, esta quarta-feira, ele revelou quem é o indivíduo escondido nos acrónimos Nuy, New Man, que recebeu 1 milhão de dólares norte-americanos (USD). Trata-se do actual Presidente Filipe Jacinto Nyusi. Ainda, declarou que outros indivíduos, cujos nomes estavam codificados receberam valores da Privinvest, entre os quais, o antigo Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, o antigo assessor de Armando Guebuza, Renato Matusse, Eugénio Matlabla e Osório Lucas, Presidente do Conselho de Administração do MPDC.

Presidente Nyusi recebeu 1 milhão em Subornos da Privinvest

O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, cujo governo, desde o início recusou a existência de dívidas ocultas, afinal, não só sabia do assunto, como teve alguns benefícios financeiros desse processo.Filipe Nyusi recebeu, em 2014, através de uma empresa denominada Sunflower International, com sede em Adu Dhabi.

De notar que aquando da elaboração do relatório da Kroll, Nyusi referiu, em 2017, haver indícios criminais nas dívidas ocultas. Entretanto, insistiu em restruturar a dívida, tendo, mesmo depois do Conselho Constitucional ter declarado a nulidade das dívidas da EMATUM, autorizou, de forma opaca, ao Ministério da Economia e Finanças a pagar 38 milhões de dólares.

Tal como Nyusi, Armando Inroga (Inro) recebeu 1 milhão USD, Eugénio Matlaba (Euge), 1 milhão USD, Osório Lucas, através da sua irmã Isaltina Lucas, recebeu um valor não especificado e Renato Matusse (Prof) um milhão USD.

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